quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Yesod - Forma-Pensamento & Egrégoras

Olá Psiconautas.
Antes de seguir viagem é preciso ter alguns conceitos esclarecidos, tomem a pílula vermelha e sigam o coelho...

Yesod


Estas bolinhas ao lado são a representação do que os antigos chamam de Kabbalah. Historicamente, a Kabbalah é de origem Judaica. Porém muitos dos seus estudantes e interpretes, reivindicam sua origem como sendo extremamente antiga e misteriosa. Alguns atribuem sua origem aos Egípcios outros aos Sumérios, e uns vão ainda mais longe, atribuindo a sabedoria da Kabbalah a uma civilização muito desenvolvida, antiga e misteriosa, qual influenciou a origem e evolução de todas as civilizações antigas depois da sua destruição.


Seus ensinamentos visão uma melhor compreensão sobre Deus, o Universo e o próprio Homem. As leis e a formação dos diversos mundos. Como interagir com os Espíritos Celestes, elementais e todos os outros que regem a harmonia cósmica. E principalmente a ponte para o homem de como retornar a Divindade. Assim o estudante da kabbalah é conhecido como Masakilim que significa “O Iniciado”.


Falando de forma geral, a Kabbalah está dividida em três categorias: a teórica, que se preocupa basicamente com as dimensões interiores da realidade; a dos mundos espirituais, almas, anjos e coisas semelhantes, e a meditativa, na qual a meta é treinar a pessoa que está estudando para atingir estados meditativos mais elevados de consciência e talvez, até um estado de profecia através do emprego dos Nomes Divinos, permutações de letras e assim por diante. Este último tipo de Kabbalah é o mágico, que se preocupa em alterar e influenciar o curso da natureza. 


Esta bolinha roxa é a Sephira Yesod que, na Kabbalah, representa o Plano Astral, dentre outras coisas. Yesod se situa abaixo de Tiferet e entre Netzach e Hod. É chamada de “Fundamento” ou “Fundação” e funciona como um reservatório onde todas as inteligências emanam seus atributos, que são misturados, equilibrados e preparados para a revelação material. É compilação das oito emanações e forma o Plano dos Pensamentos, Plano Astral, ou a Base da Realidade.
Malkuth é o plano físico puro, chamado de Plano Material, que nossos sentidos objetivos podem ver, ouvir, cheirar, tocar e provar, mas incapaz de perceber qualquer tipo de consciência além disto. Malkuth é o mundo criado das ilusões para nos manter em torpor ou, fazendo uma comparação, Malkuth é a Matrix.
Existem dimensões físicas fora do que chamamos “plano material”, que os ocultistas dominam há séculos mas que os cientistas ortodoxos ainda estão engatinhando em suas experiências. Nestas outras faixas vibratórias residem os pensamentos, emoções e conceitos, além dos chamados “fantasmas” ou “espíritos”. O plano sutil mais próximo do Plano Material é o Plano Astral. 

Yesod representa os bastidores da realidade. O mundo real na qual são programados os acontecimentos que surgirão no mundo ilusório. Para fazer uma analogia, imaginemos que Malkuth seja um prédio comercial. Yesod será, então, toda a fundação: canos, fios, dutos de ar, fosso do elevador, esgotos, toda a parte elétrica e hidráulica que faz o prédio funcionar. Quando se aperta um interruptor na parede, a luz da sala acende. Os ignorantes chamam isso de “coincidência”, mas qualquer pessoa que tenha um conhecimento maior de ciência sabe que, por trás daquele interruptor correm fios elétricos escondidos na Fundação e que, quando se aperta um botão neste interruptor, uma série de conexões simples são acionadas, fazendo com que a eletricidade chegue até a lâmpada, acendendo-a.
Magia é compreender como os condutores de energia da realidade material funcionam e apertar os botões certos para que as lâmpadas certas se iluminem.

O ser humano é uma criatura multidimensional que está presente em todos os planos simultaneamente, recebendo e doando energias o tempo inteiro, verdadeiros transmissores/receptores eletromagnéticos. Podemos emitir determinadas vibrações através da vontade e do pensamento, mas também estamos sujeitos a receber e absorver emanações que estejam ao nosso redor.
Da mesma maneira que podemos interagir com o mundo físico através dos nossos sentidos objetivos
(segurando uma caneta com nossas mãos, por exemplo), todos nós somos capazes de interagir e realizar
ações no Plano Astral.


Formas-Pensamento


Segundo a teosofia, formas-pensamento são criações mentais que utilizam a matéria fluídica ou matéria astral para compor as características de acordo com a natureza do pensamento. Deste ponto de vista, encarnados e desencarnados podem criar formas-pensamento, com características boas ou ruins, positivas ou negativas. As formas-pensamento são criadas através da ação da mente sobre as energias mais sutis, criando formas que correspondem a natureza do pensamento gerado.
Para entender melhor essa dinâmica vamos fazer um exercício simples: Imagine uma maçã na sua frente, mas não pense na maçã, visualize ela, como se ela realmente estivesse ali, se preferir feche os olhos. Observe os contornos, sinta o cheiro, concentre sua mente e veja os detalhes da textura, a cor, o brilho. Afaste todos os pensamentos e foque na maçã, imagine sua mão a pegando, sinta entre seus dedos, dê uma mordida deliciosa, aprecie seu gosto, depois coloque-a na mesa.
Se você fez direitinho pode até ter ficado com água na boca  e, durante um curto espaço de tempo, você acaba de criar uma forma-pensamento. Basta que, nesse momento, TODA a sua concentração estivesse voltada para esta criação.


Esta maçã que você acaba de criar é tão sólida quanto qualquer objeto “real”, apenas existe em outra dimensão mais sutil e, portanto, a princípio, não interage com o plano físico. Em alguns instantes, ela será dissolvida e retornará ao que chamamos de “fluído astral”. Dependendo da emoção e da quantidade de tempo que você se dedicar a esta construção astral, ela acaba se cristalizando e passa a ficar ali, diante do computador, no exato local onde você a visualizou. Saber como trabalhar estas construções astrais é algo importantíssimo, pois delas dependem os círculos de proteção, os rituais de banimento e de conjuração, gárgulas, templos astrais, defesas psíquicas, proteção contra vampiros energéticos e um campo aberto para facilitar suas projeções.


Egrégoras




Uma egrégora é o conjunto de formas-pensamento criadas por um grupo, com uma mesma finalidade. Como disse aquele mago famoso da bíblia, “Onde dois ou mais se reunirem em meu nome, eu estarei entre eles”. Ou seja: quando duas ou mais pessoas se reúnem ao redor de um único objetivo, estas formas-pensamento se somam e geram algo maior, mais dinâmico. E quanto mais concentrados, intensos e constantes forem estes pensamentos, maior o campo de atuação desta egrégora. Aqui está o segredo e a base da Ritualística, ou seja, da repetição. 

Aliás, a título de curiosidade, “ritual” vem do grego “Arithmos” (Número) da qual surge também a palavra “Aritmética” e “ritmo”, mostrando que matemática, música e magia sempre andaram de mãos dadas.


Para tentar explicar melhor o que seria “poluição mental” em contraparte a “egrégora”, usarei estes dois desenhos. O primeiro mostra uma reunião de profanos/adormecidos, no qual cada um está tentando colaborar em uma reunião. Por mais interessados que estejam, a falta de disciplina e concentração faz com que a mente objetiva fique divagando entre problemas alheios ao grupo ao invés de dar vazão à mente intuitiva, ou superior.




Já em uma reunião onde se tenha estabelecido uma Egrégora (normalmente através de uma ritualística), todos os envolvidos estão empenhados em realizar um trabalho justo e perfeito e suas mentes fluem como uma única potência.

Quanto mais se repete a ritualística, maior e mais forte é a Egrégora; Quanto mais concentração se coloca nos pensamentos, maior e mais forte é a Egrégora; quanto mais emoção se coloca nesta ritualística, mais forte é a Egrégora. Em algum tempo, este verdadeiro colosso de energia mental/emocional/espiritual adquire “vida própria” e passa a auxiliar a causa para qual aquele grupo trabalha.
É bom notar que não apenas pessoas no Plano Material colaboram com a Egrégora, mas também as Pessoas que estiverem no Plano Astral (é extremamente comum que antigos mestres que já faleceram continuem a participar de reuniões dentro das ordens e instituições que faziam parte).
Por causa da Egrégora, Grupos Iniciáticos costumam se reunir sempre nos mesmos dias e horários da semana. Desta maneira, mesmo se um membro não puder comparecer, ele pode emanar pensamentos para colaborar na Grande Obra. O simples fato dele se posicionar mentalmente dentro do templo durante o período de trabalho já o coloca em sintonia com a egrégora que estiver ativada.

Abrindo e Fechando Egrégoras

Todo trabalho e operação ocultista é composta de três partes: a “Abertura dos Trabalhos”, o “Trabalho” e o “Fechamento dos Trabalhos”.
Fazendo uma analogia, pode-se imaginar a egrégora como sendo uma piscina (ou lago, ou mar, dependendo da egrégora). Quando vou nadar, eu me aproximo da piscina, retiro minhas roupas profanas, coloco paramentos adequados (shorts, maiôs, sungas, biquínis, pés de pato, snorquels, prancha de surf, bóias, etc… ), passo meu protetor solar e somente depois de todo o “ritual” é que estou preparado para nadar. Da mesma forma, quando saio da piscina, eu me enxugo, tiro a água do corpo, limpo o protetor solar, tomo um banho, visto minhas roupas e somente depois volto ao mundo profano. Ninguém entra na água de terno e gravata nem sai por ai andando de maiô no meio da avenida Paulista. Fazendo os trabalhos de abertura e fechamento de Egrégora corretamente, é possível freqüentar palestras na Rosacruz Áurea na quarta-feira, realizar um Esbath Wiccan na quinta-feira, visitar um Terreiro de Umbanda na sexta feira, participar de um ritual budista no sábado, de uma missa cátara/templária no domingo e de uma loja maçônica na segunda-feira sem ficar maluco.

E esta ritualística de abrir e fechar egrégoras se repete em absolutamente todos os lugares: desde os maçons, rosacruzes e demolays que se paramentam para seus trabalhos até patricinhas e dançarinas de bailes funk que se vestem e se maquiam antes de sair para a balada, passando por médicos, bombeiros, policiais, professores, cientistas, trabalhadores que “batem cartão”, padres com suas batinas rezando uma missa, pais-de-santo com suas roupas brancas, médiuns kardecistas com seus aventais, sacerdotes e sacerdotisas wiccans com seus mantos (ou sem roupas), torcedores de times de futebol que vestem a camisa de sua torcida antes de irem ao jogo, lutadores que vestem seus kimonos antes de praticarem seus treinos e assim por diante. TUDO o que envolver estar “no mundo profano”, uma transição para um ato e um posterior retorno ao mundo profano está ligado diretamente a uma Egrégora. Assistir passivamente uma novela é pertencer a uma egrégora. O problema é selecionar quais delas você quer participar…
Quando você abre os trabalhos em uma Egrégora, você se coloca em um estado mental compatível com as vibrações desta egrégora. Quando você retorna ao mundo exterior sem fechar os trabalhos, a egrégora continua exercendo influência sobre as suas ações e pensamentos. O problema com isso é que, dependendo do tipo e poder desta egrégora, a pessoa acaba sendo literalmente DOMINADA por estes pensamentos e emoções.

Exercício Prático - Como ir melhor nos estudos
Estabeleça um grupo de estudos. Faça com que todos leiam este post para se familiarizarem com o conceito de egrégora. Reúna os amigos que precisam estudar para uma prova (mas também funciona sozinho, embora como vimos acima, mais mentes significam mais vibrações no mesmo objetivo – ou mais gente te atrapalhando, então escolha direito seus colegas de estudo). Estabeleça um horário fixo. Neste horário, acenda um incenso e diga em voz alta: “Eu, fulano de tal, declaro abertos os trabalhos com a finalidade de estudar para a prova X pelas próximas horas. Que a partir deste momento, nada possa nos distrair ou perturbar”. Claro que você terá desligado celulares, TV, i-pods e o que quer que possa distraí-los neste tempo. Quando acabar, feche os livros e diga em voz alta “Eu, fulano de tal, declaro encerrados os estudos para a prova X no dia de hoje”. Faça isso nos dias que for estudar… aliás, tente estabelecer o mesmo horário sempre.
Na hora da prova, apenas diga para você mesmo “eu, fulano de tal, desejo acessar os conhecimentos arquivados nos meus períodos de estudo” (mas você precisa dizer estas frases… não vale só pensar… o VERBO é necessário para trazer estas chaves da nossa pequena egrégora do plano metal para o físico).
Depois você me diz como foi na prova…
O mesmo vale para qualquer tipo de trabalho, estudo ou reunião. Antes de começar, abra os trabalhos definindo exatamente o que você pretende fazer, quando terminar, feche os trabalhos. Você perceberá como tudo na sua vida irá render mais…




3 comentários:

  1. Li as duas primeiras postagens! Adorei! Excelente!
    Possuo interesse também em Magia (inclusive Magia do Caos), Psiconavegação, RPG e HQ (como as do Alan Moore e Grant Morrison)!

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  2. Ah, e formei em Psicologia no meio deste ano. Gosto de Carl Gustav Jung, Stanilav Grof, Ken Wilber, Robert Anton Wilson e Psicologia Transpessoal.

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